domingo, 2 de dezembro de 2018


NOSSAS PESQUISAS SÃO CONCLUSIVAS: O PROBLEMA DO BRASIL NÃO É EDUCAÇÃO!
Carmen Migueles

Pesquisadores da nossa linha de pesquisa, depois de várias análises estatísticas e correlações complexas de varias variáveis comprovam: O problema da competitividade brasileira não é educação. Na série histórica, o aumento dos investimentos em educação não se converteram em competitividade. 
Temos o equivalente a 18% da população Finlandesa com mestrado e doutorado. E o equivalente a 1.5 vezes a população desse país hoje cursando graduação. Esse diminuto país está em 11º lugar no ranking global de inovação. O Brasil está em 69ª posição no mesmo ranking e os brasileiros estão em 22ª – ou seja, o problema não é a qualidade da educação no país, pois os brasileiros saem do Brasil por falta de oportunidades e inovam em outros países. Esse número mostra o tamanho da diáspora de cérebros que promovemos.
Já no ranking global de equidade de gêneros em educação, o Brasil aparece em primeiro lugar. Homens e mulheres no Brasil têm as mesmas oportunidades em relação à educação. Estamos melhores do que os países nórdicos nesse quesito. Mas estamos em 90ª posição global em relação às oportunidades para mulheres no mercado de trabalho.
Países como China, já terceiro lugar no ranking global de inovação e subindo rápido nos ranking de competitividade e produtividade, e Coreia, que ultrapassa a França e aparece em 5º lugar no mesmo ranking, estão muito pior do que o Brasil no ranking de equidade de gêneros em educação e saúde, mas estão no primeiro lugar do mundo em “mulheres na inovação”. Descobriram o óbvio: não adianta educar e depois não pensar no uso estratégico dessa mão de obra para gerar riquezas.  É possível, com gestão estratégica de pessoas, ganhar muito em inovação e depois em produtividade e competitividade gerindo adequadamente seus recursos humanos.
Muitos são os tolos que acreditam que a questão de gênero é mimimi da esquerda. O Forum Economico Mundial e o Banco Mundial analisam esses dados e demonstram: se conseguimos maior paridade entre os gêneros o impacto no PIB Global será de cerca de 12 bilhões de dólares. Há muito dinheiro na mesa. Os Asiáticos descobriram isso. 
Há muito o que se pode fazer gerindo esses fatores. A gestão integrada de ativos intangíveis é fator critico para ganhos de produtividade e competitividade. A cultura organizacional, se levada à serio, deveria gerir e integrar a gestão desses fatores. 




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