O filósofo e sociólogo alemão Georg Simmel, no livro: Philosophy of
Money (de 1907) afirma que o dinheiro se coloca entre o homem e o que ele quer
como um elemento facilitador, por um lado, e, por outro, simboliza e
corporifica o espírito da racionalidade, da calculabilidade e da impessoalidade
do mundo contemporâneo, na forma como permite trocas infinitas.
O dinheiro pode ser visto pelo ponto de vista da ganância ou pode ser
visto como um meio para a constante elevação da qualidade de vida sustentada no
mundo. Por meio dele podemos radiografar nosso sistema de valorações de forma
concreta e inconteste. Nesse sentido, o dinheiro pode ser visto e pensado como
instrumento de esforços construtivos e esforços destrutivos, sendo que o papel
do crédito no mercado pode reforçar os primeiros.
Dessa maneira, a concessão de crédito ajuda a promover o crescimento
econômico e a prosperidade quando orientada por critérios de credibilidade
baseado na boa reputação dos agentes econômicos. No lugar de atender interesses
individuais e gerar perdas pela concentração equivocada de recursos e
consequente a sua má utilização, a agência de análise de crédito estabelece
critérios de troca baseado na confiabilidade percebida dos agentes, e passa a
promover empreendimentos que beneficiam a boa gestão dos recursos confiados, os
esforços da coletividade, a produtividade e a geração de empregos e riqueza.
A informação sobre o crédito é uma informação essencial para a promoção
da prosperidade e desenvolvimento de um país, pois é uma das formas de evitar
ou reduzir esses problemas de mercado, gerando as pré-condições necessárias
para que as transações ocorram com mais segurança, reduzindo a probabilidade de
perdas e prejuízos, e conferindo confiabilidade as instituições, as empresas e
as pessoas que operam como atores econômicos.
Um dos maiores empecilhos para a construção de confiança no mercado é a
dificuldade de acesso à informação, que permitiria a alocação correta dos
recursos, gerando eficiência nos mercados. A chamada “falha de mercado” é muitas
vezes gerada por uma assimetria de informações. A informação assimétrica é um
fenômeno que ocorre quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem entre si
uma transação econômica com uma das partes envolvidas detendo informações (qualitativas
ou quantitativas) superiores a da outra parte.
A informação assimétrica pode gerar basicamente três tipos de problema:
seleção adversa, risco moral e herd
behaviour (Comportamento de manada). O problema da seleção adversa ocorre
quando os atores de mercado não possuem informações suficientes para realizar
uma escolha melhor. O problema do risco moral ocorre quando o um agente passa a
mudar o seu comportamento numa transação econômica. O problema do herd behaviour, conhecido também como
“comportamento de manada” ocorre quando, na ausência de informações, um grupo
de indivíduos passa a agir da mesma forma.
Esses problemas abordados pela economia ocorrem todos os dias pela falta
de informação. A consequência geral desses problemas de informação assimétrica
são falhas de coordenação e adaptação porque a informação necessária para
determinar o melhor uso dos recursos e a adaptação apropriada não está
disponível (Milgrom e Roberts, 1992). A falta de informação gera decisões
equivocadas e a alocação equivocada de recursos, gerando prejuízos e perdas
para as empresas, para os indivíduos em geral e para a economia do país como um
todo.
A credibilidade da informação é, portanto,
essencial para incentivar que as transações econômicas ocorram e assim, promover
a prosperidade. A informação sobre o crédito é uma informação essencial para a
promoção da prosperidade e desenvolvimento de um país, pois é uma das formas de
evitar ou reduzir esses problemas de mercado, gerando as pré-condições
necessárias para que as transações ocorram com mais segurança, reduzindo a
probabilidade de perdas e prejuízos, e conferindo confiabilidade as
instituições, as empresas e as pessoas que operam como atores econômicos. Ou
seja, a qualidade da informação é fundamental para gerar riqueza, conferir
credibilidade ao sistema financeiro, criar reputações individuais e promover
relações de confiança na sociedade.
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