Ética e a cidadania
Há um conceito básico de ética nos textos de um dos maiores filósofos que a
pensaram: é o imperativo categórico, de Kant. Segundo ele, é dever de todo ser
humano agir conforme os princípios que gostaria de ver na ação de todos os
outros. É ético o indivíduo que age de forma que a sua ação possa ser uma
máxima universal.
No
entanto, na pratica, a vida é permeada por desafios de natureza prático-moral,
em que não é possível ter 100% de razão em nenhuma linha de ação. O conflito de
interesses é da natureza da vida. Por exemplo, se quisermos ser 100% a favor da
preservação ambiental, no limite não podemos nem mais ter filhos, pois isso vai
impactar no consumo e na produção de esgoto e lixo. Ser ético não pode ser não
ter mais filhos, pois isso significaria o fim da vida humana. Ser ético é
compreender o impacto que causa e tentar reduzir os danos. Portanto, ter
filhos, reciclar o lixo, apagar as luzes sempre que puder, comprar carros menos
poluentes, apoiar empresas éticas, que usam produtos menos tóxicos, etc. Se
todos agissem dessa forma, não seriam necessários controles.
A
liberdade com responsabilidade pressupõe a capacidade de se impor sacrifícios.
Se em nome de um bem maior ou do direito do outro não me imponho sacrifícios,
simplesmente não sou ética. Sou só egoísta. A ética, portanto, pressupõe a
busca pelo cultivo das virtudes.
A ética, como filosofia racional, na prática
dialoga sempre com a cultura. E a nossa cultura nacional é fortemente aberta a
auto complacência, a auto indulgencia, ao fatalismo (sempre foi assim! A saída
para o Brasil é o aeroporto!) e a volatilidade emocional. A liberdade humana, de acordo com essa
corrente de pensamento, aumenta com o autocontrole, com a autodisciplina, com a
consciência crítica, com a busca pela razão. A liberdade defendida pela Escola
Austríaca é um exercício olímpico nesse sentido!
O
desafio de aumentar a liberdade não é fácil por essa razão. O Novo tem um
desafio gigantesco em relação a conscientizar os indivíduos sobre a sua responsabilidade
e torna-los sócios no nosso projeto (ver: www.novo.org.br).
Isso é fundamental para termos sucesso em outro desafio: motivar o cidadão a
atuar na política com visão de longo prazo!
Isso
é precondição para termos sucesso no aumento das liberdades (politica, jurídica
e econômica) e atingir nosso objetivo de reduzir o papel do Estado para
aumentar a prosperidade criando um contexto capacitante para a inovação e o
empreendedorismo.
A
virada de uma sociedade com uma visão mais coletivista, que olha para o
indivíduo como um incapaz que precisa ser tutelado pelo Estado, para uma mais
individualista, que olha para o indivíduo como o único ente que de fato produz
valor, na verdade coloca um desafio para cada cidadão. Precisamos que cada um seja mais forte,
acredite mais em si e seja mais responsável por suas escolhas. Teremos esse
desafio na campanha. Precisamos de cada indivíduo que acredita nisso
trabalhando para conscientizar, atrair e engajar outros cidadãos no nosso
projeto! Juntos seremos muito mais fortes. Juntos somos NOVO!